segunda-feira, 12 de abril de 2010

- Vontade do Nada -



Vontade...
Vontade de vazio.... vontade do nada..... vontade de alguma coisa que grita de dentro da rocha, do rochedo, por dentro dos muros das muralhas das fortalezas.
Vontade de caminhar por entre árvores, encontrar um banquinho em meio às sombras de folhas e flores floridas da primavera e me deitar.... deitar.... dormir..... dormir ao deitar, cochilar.
O vento sopra para longe meus pensamentos e me traz sonhos que pousam em minha imaginação....
Imaginação, está por trás do véu dos pensamentos, dos sonhos, das grandes idéias, dos grandes ideais.
Uma lembrança de algo esquecido, um vazio, pois não se sabe do que se sente saudade, mas a saudade daquilo que não se sabe é o nada... o nada não é o zero, nem o um, é o não saber... vontade de saber o não saber, querer conhecer e perguntar, vontade de nada, vontade de saber sobre o não saber da saudade daquilo que não se sabe de que....
O horizonte na janela me lembra o não sei o que, o vento fresco no verão me lembra alguma lembrança que não me lembro, o barulho das árvores balançando na noite, me recordam de um tempo em que vivi mas não lembro como vivi, de como eu existi, se existi....
Saudade, vontade do nada, não da ausência absoluta, mas de saber que não se sabe aquilo que sabe, o esconderijo, a toalha colorida, o sentimento de sentir por algo inteligível.
Vontade, bondade, amizade, minha idade, meu tempo meu temporal, tão amado, me faz sentir a sensação insensitível.
Deitado no banco, durmo, deitado sob as sombras das árvores, pensamentos vão, sonhos vêm, e o nada, a estranheza, a inquietação, não sei....
Não sei.....
Não sei..........
N............ a ......................d ............................a
....................................V .................a .....................z ................i ...................o

Vento e janela.

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