segunda-feira, 12 de abril de 2010

- O Filho do Caos -


Ao amanhecer vi nascer junto ao sol um novo sol, um novo astro, indenominável.
No horizonte núvens são esmagadas, montanhas derrubadas, o vento deixa de soprar e torna – se puro ar, tudo se silencia, até a alma dos pássaros se silenciam.
É uma guerra no silêncio, uma guerra de um homem só, mas as tragédias do conflito são esmagadoras, mortais, destroem o espírito, ferem a alma, fragilizam o corpo e a vista dos olhos.
O caos é criador, tudo o que é criador é cruel, tudo o q nasce provém da dor do parto. O caos criador a essa manhã gerou seu filho, descendente da guerra, descendente da desordem de espírito.
“Quem é o filho do caos e da desordem?” Perguntam os velhos sentados na praça.
“É aquele que vem com o alvorecer do dia, aquele que anda na corda bamba, aquele que é pura razão, pois o coração se escondeu do combate. É aquele que devora aqueles que o querem dominar, o submeter, arrancar suas mãos e suas pernas.” Responde o profeta.

Mas suas mãos e pernas agora são de aço, são firmes para caminhar em espinhos ou em solo rochoso, ou agarrar - se aos seus sonhos ou em si mesmo.
O demônio o tem visitado e jogado com ele, tem lhe dito verdades as quais os anjos ocultam por piedade da alma humana, o mal, a crueldade, tudo fazem parte da criação.
Tudo é alvorecer, o filho do caos agora reina no templo sacro, profana com suas sombras tudo o que está a sua beira. Bem e mal agora se equilibram, mas não mantêm harmonia, a guerra sempre continuará. Deve continuar!!!! Assim é o filho do caos, pura guerra, puro conflito, inferno e paraíso coexistindo no mesmo espaço, na mesma razão.

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