domingo, 25 de abril de 2010

- Aquela que nasce por meio da luz -



Toda estrela é um círculo de luz, na circularidade, tudo que morre renasce mecanicamente, mas, quanto mais radiante a estrela, mais intenso se torna o toque entre o princípio e o fim. A interseção está em qualquer lugar do anel circular, morte e vida conversam e se tocam.
Quanto mais luz, mais calor, calor intenso, aço fundido e quebrado, o alfa grita e ômega suspira, não mais se tocarão, os braços se afastam, os dedos não se tocam mais, a vida presa ao círculo não renasceu para a circularidade. Do círculo rompido surge uma menina – mulher, gerada a partir da luz do círculo quebrado, do calor radiante a imensa luz.
Menina – mulher, filha da luz, que escuta a canção que vem do brilho dos diversos olhares.
Aqui nesse lugar do vale, há vários círculos, alguns são de pedra, outros de ferro, prata ou ouro, mas são raros os que adquirem luz, mais raríssimos os que se quebram, e mais próximo da impossibilidade aqueles que resistem e não reconstroem o círculo.

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