domingo, 20 de junho de 2010

- Faces e Pedaços -


Estou em pedaços, mas me mantenho inteiro, os sonhos que surgiram num raio de instante da manhã morreram no agora da tristeza que me faz sobreviver e tenta me alienar. Você me disse que tudo está perdido, a juventude morreu e se encerrou no caixão da pobreza de espírito. Ventos frios, congelantes de ossos sob a carne, sob a pele, caminho agasalhando – me em meus braços que me envolvem, fujo do frio apenas em pensamentos, deserto de gelo, cristais que rasgam o corpo, sangue sem fluxo.
Você me disse que tudo está perdido. A juventude não é mais como era antes, ou você envelheceu seu espírito? Um punhal cravado no peito e outro na mente, tudo está perdido, você diz. Um punhal cravado no braço e outro na esperança, tudo está perdido.......
O vento sempre passa e se mantém no lugar, mas o meu rosto não é tocado sempre pelo mesmo vento, o mesmo de diversas faces toca minha face, passa e permanece, muda, mas não se transforma.
Nessa noite, desejo um vendaval que possa embaralhar meus pedaços e reorganiza-los novamente.

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