domingo, 18 de outubro de 2009

- O fantasma que te acompanha -


A descendência daqueles que são servos é educada a manipular peças de metal e a respeitarem a norma da disciplina.
A descendência dos burgueses é educada a manipular peças humanas, e quando essas peças não mais servem para produzir, atiram – nas ao fogo. Mas sua morte não significa um simples assassinato, mas sim um sacro sacrifício, pois há uma legitimidade. Com o carvão oriundo das cinzas de seus corpos consumidos, a alta burguesia risca na pele dos corpos de seus servos normas disciplinares, assim o corpo é marcado, assim o corpo é flagelado.
Sacrifício! Dor! Algumas lembranças são marcadas na pele, assim se faz com o gado, todos sabem a quem pertencem, os proletários com seus uniformes exibem com um falso orgulho a quem pertencem, a quem devem lamber os sapatos, a submissão pela sub – alimentação, sub – vivência, submundo, corpo imundo, orgulho ferido.
Pelo trabalho não me purifico, me adoeço!
Pelo trabalho não sou pássaro para voar, mas um homem que carrega pedras em seus ombros!
Pelo trabalho nada faço, mas este é um meio pelo qual sobrevivo limitando o meu viver.

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