sexta-feira, 8 de setembro de 2017

- Eternidade -



Subi cada vez mais alto, observei cada vez mais de cima. O antes e depois só existem fora de mim e num passo descontinuo de acelerações, câmeras lenta, alcanço do clímax, revejo infinitas vezes a lagarta virando casulo. Casulo se rompe, mas quero a lagarta novamente e novamente lagarta se faz casulo. Tudo o que é é tudo que já foi e pode ser, todas as possibilidades estão dadas e condenadas na unidade. Unidade e multiplicidade se anulam pois não há sentido algum. Um milhão de séculos para mover um dedo, estou no dedo, estou no passo que caminha em círculos viciosos, dor, sofrimento, vontade e desejo. O repouso absoluto da eternidade governa o tempo. O tempo é uma roda que gira na palma da mão do Buda.
O lótus caiu e continua caindo e recaindo, o homem morreu e continua remorrendo. Mil direções no corpo a serem observadas e experimentadas mil vezes.
Deus lê a mesma página mil vezes, Deus lê o livro de trás para frende e de frente para trás, Deus articula as possibilidade de histórias paralelas. Deus não pode nada... pois é tudo...

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