segunda-feira, 12 de abril de 2010

- Sobre o Futuro -


Aonde ir, em que pedra pisar
Quais os ventos frios aos quais devo seguir...
Não sei, de nada sei...
Tempestades de areia cortam o meu corpo,
E despedaçado ainda persisto no caminho
Num caminho sem horizontes, sem um ponto fixo ao qual devo olhar
Mas para que olhar? Para que tanto saber? Se tudo o que se passa o vento leva junto com a tempestade de areia!

Sangrando caminham, cantando permanecem,
Olhando para o alto e pisando em cacos de vidro, assim caminha a humanidade!
Mas o alto só tem estrelas longínquas que se apagarão algum dia.
Com isso se iludem aqueles que fogem do sentimento da dor dos seus pés rasgados e sangrentos...
Assim humanidade.... assim vocês caminham....
Assim seguem um atrás do outro, em fila, em ordem, entoando cânticos lacrimejosos.

A ilusão do céu estrelado ou a realidade de um horizonte vazio?
Um, o outro, ambos ou nenhum?
Para onde ir?
Aonde leva o caminho árduo, sofrido?
A busca pela fé ou pelo pragmático?

De nada sei!
Só sei que aquele que durante a sua jornada não tiver construído sandálias fortes o suficiente para não rasgarem durante seus passos perderão seus pés.

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