O homem de asas de metal pergunta-se....
Para que servem as asas se para voar não servem?
As asas de plumas são leves e grandes, permitem um vôo tranqüilo e seguro, mas com asas de metal não se levanta vôo, com elas até a caminhada se torna dolorosa. O homem de asas de metal caminha pela estrada em direção oposta ao vale dos rios, quer sair daquele lugar e mostrar àquela moça que nem tudo é tão terrível. A cada passo, buracos no chão fazem suas pegadas, asas pesadas, penumbra nos olhos, visão ofuscada.
- Tempoooooooo.....
- Espaçooooooooo..........
-Me ensinem a voar com asas de metal!!!!!!!
-Minhas pernas não são fortes o suficiente para caminhar sozinho!!!!!!!
Assim grita e lamenta o homem de asas de metal. Assim lágrimas escorrem de seu coração inundando todo o corpo e vazando pelos olhos.
-Asas, servem para voar, pernas, para caminhar. Soou uma voz de entre as ruínas das antigas estruturas que insistem em permanecer.
- Isso eu sei, todos sabem, mas me ensine a voar e caminhar com asas de metal! Disse aquele de asas pesadas.
-Se não voa, se não caminha, se não consegue combater, o motivo é simples, você é o fracasso. As estruturas são fortes, nem a chuva e nem o sol que as transformaram num paraíso de trevas enevoadas as reduziram para alem de suas ruínas. Ruínas, modificações de uma construção para algo desprovido de beleza, é o que sobra quando o véu, que tornava algo demoníaco em uma obra de arte, se rasga.
- Estruturas, prédios e edifícios derrubados, mas suas plantas fortificaram raízes na alma do mundo, suas palavras me fazem desejar destruir a mim mesmo. O vento sopra, o ar se movimenta ausentando calor, o metal esfria e a dor aumenta.....
tempo tempo mago velho....
Tempo tempo mago velho..........
-As estruturas antigas apenas assustam, mas na verdade não são de concreto, mas sim de espuma, e somente aos fortes é confiado o mais pesado.... Assim diz uma voz no vento.
- Que voz é essa que rasga o vento e preenche meus ouvidos?
- Me chamo Tempo, o mago velho, o feiticeiro jovem, o espírito que há de nascer, o ser que sempre é. Asas de metal, frias.... penumbra nos olhos impedindo a visão.... vim lhe mostrar, vim lhe ensinar a ver e enxergar, compreender e depois voar com asas de metal. Tempo, mago, decorrer do milagre na vida, a transformação do que se pensa ser naquilo que se é.
Falou assim um velho misterioso de chapéu branco e de barba comprida, filho da eternidade que nunca e sempre passa, tempo, mago, magia, transformação, alquimia.
O homem de asas de metal começa a fortalecer suas pernas, inicia a sustentação de suas asas, posiciona-se diante das antigas estruturas e as desafiam, demônios saem de lá, seguram seus braços e furam seus pulmões, respirar é difícil diante daquilo que assusta.
Mas, mesmo com dificuldade em respirar diante das sombras demoníacas e desafortunadoras, aprendeu, ao ouvir e compreender as palavras da boca Temporal, a tornar leve suas asas.
Asas de metal, agora cortam o vento velozes, produzindo furacões, o vendaval é filho de suas asas pesadas agora tornadas leves, as trevas da escuridão são varridas e descristalizadas, os tijolos e o concreto são lançados á correnteza lacrimejante que tudo leva embora e devora. A penumbra de seus olhos esvaiu-se e pôde ver que por trás da face mortífera das estruturas há um sol, uma estrela, uma montanha, um caminho florido e plumas e pétalas cadentes do céu......
Assim se voa com asas de metal, assim se fortalece as pernas para se sustentar no combate....
O Tempo ensina, se personifica no mago velho para mostrar que tudo está no tempo e o tempo em tudo. Magia, alquimia...... transformação e metamorfose.....
- Os nossos limites somos nós que determinamos, e não vejo mais um horizonte ao qual não possa rasgar com o meu vôo levando você em meus braços. Falou assim para aquela que outrora havia nascido do círculo de luz.
Falou assim um velho misterioso de chapéu branco e de barba comprida, filho da eternidade que nunca e sempre passa, tempo, mago, magia, transformação, alquimia.
O homem de asas de metal começa a fortalecer suas pernas, inicia a sustentação de suas asas, posiciona-se diante das antigas estruturas e as desafiam, demônios saem de lá, seguram seus braços e furam seus pulmões, respirar é difícil diante daquilo que assusta.
Mas, mesmo com dificuldade em respirar diante das sombras demoníacas e desafortunadoras, aprendeu, ao ouvir e compreender as palavras da boca Temporal, a tornar leve suas asas.
Asas de metal, agora cortam o vento velozes, produzindo furacões, o vendaval é filho de suas asas pesadas agora tornadas leves, as trevas da escuridão são varridas e descristalizadas, os tijolos e o concreto são lançados á correnteza lacrimejante que tudo leva embora e devora. A penumbra de seus olhos esvaiu-se e pôde ver que por trás da face mortífera das estruturas há um sol, uma estrela, uma montanha, um caminho florido e plumas e pétalas cadentes do céu......
Assim se voa com asas de metal, assim se fortalece as pernas para se sustentar no combate....
O Tempo ensina, se personifica no mago velho para mostrar que tudo está no tempo e o tempo em tudo. Magia, alquimia...... transformação e metamorfose.....
- Os nossos limites somos nós que determinamos, e não vejo mais um horizonte ao qual não possa rasgar com o meu vôo levando você em meus braços. Falou assim para aquela que outrora havia nascido do círculo de luz.
caracas... não sabia que, em algum momento de minha vida, fui capaz de uma poesia desse nível
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