quarta-feira, 6 de outubro de 2010

- Do último momento -


Vivo nestes momentos precedentes ao fechar de olhos sempre me lamentando.


Rastejo, minha face cai sobre a mesa, minha alma não cabe nessa extensão de corpo.

Agora que me vejo e me contemplo, mesmo que morrendo, sei que devo me deitar, pois o amanhã necessita que eu esteja repleto de forças.

Remédios, para que? Tento retardar a natureza, mas meus cabelos um dia irão cair.

Renuncio – me, e agora tenho a mim mesmo, mas o tempo é curto.

Sou imenso demais para um tempo curto.

Lamento ó mim mesmo, por mim, por renunciar-me.

Escrevo estas palavras....

Querendo chorar....

Mas disso o sono me priva.....



Sei que amanhã é outro dia e isso me consola, mas, não quero ter tal sensação quando o último dos dias chegar.

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