A memória vem, constantemente, como um maremoto destruindo uma cidade. Assim como há escombros espalhados, meu corpo se encontra, com pedaços de alma e coração em cantos dispersos. Morrer é doloroso, mas, experimentar a ressurreição compensa toda a dor e nos faz se reconciliar com o passado.
Sou aquilo que sou, pois vivências vivem em mim inocentemente. Ver a própria morte a partir dessa perspectiva nos faz agradecer ao despedaçamento e dissolução de si.
O messias, após sua morte por suplício, perdoou e agradeceu aos seus carrascos. Bendito o carrasco que nos mata. Morrendo, a vida virá a florescer, a primavera mostra-se em um novo sorriso só depois que o inverno acaba.
Sou uma criança experimentando o mundo, na palma da mão.
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