sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
- Estrela lançada, cadente em aporia -
Por trás da coluna há um eu desconhecido!
Sou labirinto, caminho e me perco em meus passos.
Procuro extasiado e indomado o inexistente.
Tentei escrever algumas palavras, mas elas me vieram num sonho e desapareceram sem deixar marcas em nenhuma parede.
Tudo ficou disperso, o mar se tornou um quebra – cabeças cujas peças sua própria maré levou. Pego uma estrela e a atiro no horizonte do céu, ela vai e, em sua ponta, inúmeros números se multiplicam em cálculos e teoremas, mas no fim, culminam em aporia.
Todas as metáforas foram esgotadas de sentido tornando-se palavras vazias, falo sem nada a dizer, faço sem querer fazer, espero sem querer esperar, penso se meus pensamentos são realmente minha propriedade.
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