Ela se aproxima exigindo silêncio e causando dor. Quando chegar e remover o capuz, o que você verá? Rosto de mulher ou rosto de caveira? A cada dia sacrifico a vida em prol da não vida fazendo o que me mantêm alheio a mim mesmo.
Ela vem, e quando a aceita e a deixa causar dor, transcende-se a si mesmo em si mesmo. Quanto mais se morre, mais a vida é exaltada. Morte, ponto na imensidão, mas a partir dessa marcação no microcosmo, toda estrutura é reestruturada e configurada, uma explosão que acarreta outras explosões, muitos pontos na imensidão. Lançar – se aos braços e deitar em seu seio e não adormecer, mas ao contrário, tornar-se mais desperto.
Você chora pelos homens que decidem morrer? Eu, ao contrário, alegro-me naqueles que matam a si mesmos vindo a ser o que se é.
Mas o homem deve morrer, deve morrer o homem de falsa humanidade, o homem que possui olhos somente para o horizonte alem corporal. O que está para o alem espera-se que dele venha algo. Entre o homem e o algo que vem há uma corda. Corda resistente presa no pescoço do homem, cujo cumprimento direciona-se para o alem do horizonte. A essa corda deram o nome de “esperança”, corda presa ao pescoço sufocando, mas não matando. A algo alem do pescoço está presa a outra ponta, o algo que vem e virá, basta ao homem esperar. Esperança, o maior dos males, esta deve ser decepada de uma só vez. Mas a esperança é a ultima que morre, portanto, um dia irá morrer, espera-se dessa forma que a esperança morra. Engano! Assim esperança se fortalece e escapa à morte.
Deve – se matá-la a todo instante! Mas ela é a ultima que morre e não basta esperar que ela morra.
Um homem observa o mar com sua corda amarrada ao pescoço, esta transpassa o mar, mas o que vem do outro lado desse mar é bom, portanto, fica a eternidade de sua vida finita e curta a esperar pelo outro lado da corda. A vida está na fogueira, se vida permanecer na esperança de fogo irá se consumir. Se o homem que fita o mar em posição de esperança assim permanecer, a maré ao subir o afogará.
Homem que fita o mar, se a sua esperança morrer o que irá restar? Vazio, homem vazio, pois se esperança é a ultima que morre. Ela morrendo significa que todas as coisas já morreram, e junto com cada uma, um pedaço do homem morre simultaneamente. O que te sobrará quando a esperança morrer e junto com ela decidires morrer também?
A esperança morreu, o homem esperançoso também, o que sobrou? Sobrou corpo no corpo vazio, corpo vazio querendo ganhar corpo. Não se espera, pois tal coisa já não existe mais, só há corpo querendo fazer-se a si mesmo, preencher-se de descobertas. A cada tarefa um descobrir-se e preencher-se sem haver espera, assim o é, assim ela vem, exigindo silêncio e causando dor. Ver morrer cada parte de si e assim afirmar-se é dolorido. A morte nos abraça e devemos retribuir.
Rosto de mulher ou rosto de caveira?
Ela vem, e quando a aceita e a deixa causar dor, transcende-se a si mesmo em si mesmo. Quanto mais se morre, mais a vida é exaltada. Morte, ponto na imensidão, mas a partir dessa marcação no microcosmo, toda estrutura é reestruturada e configurada, uma explosão que acarreta outras explosões, muitos pontos na imensidão. Lançar – se aos braços e deitar em seu seio e não adormecer, mas ao contrário, tornar-se mais desperto.
Você chora pelos homens que decidem morrer? Eu, ao contrário, alegro-me naqueles que matam a si mesmos vindo a ser o que se é.
Mas o homem deve morrer, deve morrer o homem de falsa humanidade, o homem que possui olhos somente para o horizonte alem corporal. O que está para o alem espera-se que dele venha algo. Entre o homem e o algo que vem há uma corda. Corda resistente presa no pescoço do homem, cujo cumprimento direciona-se para o alem do horizonte. A essa corda deram o nome de “esperança”, corda presa ao pescoço sufocando, mas não matando. A algo alem do pescoço está presa a outra ponta, o algo que vem e virá, basta ao homem esperar. Esperança, o maior dos males, esta deve ser decepada de uma só vez. Mas a esperança é a ultima que morre, portanto, um dia irá morrer, espera-se dessa forma que a esperança morra. Engano! Assim esperança se fortalece e escapa à morte.
Deve – se matá-la a todo instante! Mas ela é a ultima que morre e não basta esperar que ela morra.
Um homem observa o mar com sua corda amarrada ao pescoço, esta transpassa o mar, mas o que vem do outro lado desse mar é bom, portanto, fica a eternidade de sua vida finita e curta a esperar pelo outro lado da corda. A vida está na fogueira, se vida permanecer na esperança de fogo irá se consumir. Se o homem que fita o mar em posição de esperança assim permanecer, a maré ao subir o afogará.
Homem que fita o mar, se a sua esperança morrer o que irá restar? Vazio, homem vazio, pois se esperança é a ultima que morre. Ela morrendo significa que todas as coisas já morreram, e junto com cada uma, um pedaço do homem morre simultaneamente. O que te sobrará quando a esperança morrer e junto com ela decidires morrer também?
A esperança morreu, o homem esperançoso também, o que sobrou? Sobrou corpo no corpo vazio, corpo vazio querendo ganhar corpo. Não se espera, pois tal coisa já não existe mais, só há corpo querendo fazer-se a si mesmo, preencher-se de descobertas. A cada tarefa um descobrir-se e preencher-se sem haver espera, assim o é, assim ela vem, exigindo silêncio e causando dor. Ver morrer cada parte de si e assim afirmar-se é dolorido. A morte nos abraça e devemos retribuir.
Rosto de mulher ou rosto de caveira?
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