Sr.B vivia feliz, cometia lá seus erros, partia alguns corações na mesma medida que o seu era partido também. Mas, tudo era como deveria ser e Sr.B compreendia a tragicidade do vir-a-ser.
Porém, houve um momento em que acharam o Sr.B um caso interessante, algo digno de nota na história da humanidade. Sr.B chamava a atenção de muitos pelo seu sorriso, pela sua leveza, mas também pelos seus dias de tristeza que lhe acometiam às vezes e isso era curioso.
E então, lhe perguntaram "por que"? Tal expressão lhe caiu como uma pluma de aspecto agradável a qual ele tentou apanhar nas mãos. Ao apanhá-la, percebeu algo estranho, um certo peso, mas mesmo assim, respondeu a pergunta.
"Hora, Sr.B, sua resposta está errada, tente de novo!"
Tudo bem, Sr.B tentou fazer-se o mais claro possível...
"Não, Sr.B, não é isso..."
Sr.B percebeu que não se tratava de uma conversa, mas de uma justificação. A cada "por que" era necessário uma resposta, mas todas as justificativas estavam erradas, pois a pergunta já vinha com a verdade. Era isso então, reconhecer a verdade, tudo se resume a isso!
Mas, qual a verdade? Perguntou o Sr.B e, ao ser dita, soube que se tratava de um roupagem que fizeram para ele e, a cada "por que", lhe "pediam" que acrescentassem um nome ao seu, pois era assim que o conheciam. Cada nome um peso, cada nome, uma culpa! E Sr.B percebeu que, na verdade, não queriam compreendê-lo, tudo se tratava de um julgamento cuja sentença estava dada.
Sr.B, o pecador! Sr.B, o injusto! Sr.B, o mentiroso!
Por que você pecou? Por que foi injusto? Por que mentiu?
Às vezes as interrogações são afirmações e o universal é um particular!
O forte vivia livre com sua natureza, feliz, mas quando o fraco lhe perguntou "por que?", o forte sentiu vergonha de sua nudez e se escondeu, pois sentia-se culpado pelos seus pecados.
Agora, do cume da montanha, Sr.B observa, em meio a baixa temperatura, o mundo lá do alto... tudo é tranquilo e sereno lá de cima... e todos acham que o Sr.B está doente.
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