Quanto mais consciente das dores do mundo, maior se torna minha dor. Minha dor, de certa forma, aumenta a dor do mundo pois sou parte deste. Quanto mais entendimento sensível da dor do mundo, mais pesadas se tornam minhas asas de metal. Quanto mais sou capaz de golpear o ar com punhos que invocam o raio, mais vida brota da dor... e cresce... e vigora... dilacera o tempo e o passado faz-se agora lançando-se em possibilidades. Mas, tudo é memória, lembrança da dor do mundo que se desvanece quando pessoas sorriem... mesmo que por um instante... esqueço e deixo de saber por um instante... que o mundo cresce em dor e do meio da dor, força revigorante e rara.
De fato, o filósofo velho muito velho é um e o diverso, porém, de sua dor e desvanecimento nasce o Homem de Asas de Metal, nasce o guerreiro que quer dominar o raio e o trovão, e estes são minhas faces... minha auto figuração na linguagem.
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