Há muito houve um artista, porém este não era
suficientemente forte e morreu, porém, antes de morrer fez um testamento com
seu dom para que pudesse herdar de si mesmo suas habilidades. Tornou-se então
um guerreiro, muitas lutas, muitas derrotas, mas é por meio de pancadas que o
mármore ganha forma. Porém o guerreio nunca se torna pronto e por pequenos
feitos é aclamado herói. Mas dura pouco, a fama não é a mesma quanto à do
artista. O herói salva, resgata, porém seu futuro é o martírio.
É esse então o caminho de nossas metamorfoses? Não mesmo! Há
outro passo, secreto, que a história nunca conta. O motivo? Disso não entendo.
O mártir chama a atenção, com ele o mundo muda de nome, o comércio também. Lutar
e morrer por um mundo melhor. É esta a fatalidade do herói? Qual a alternativa?
Tudo bem, respondo-vos ó aprendizes de guerreiros e artesãos, o herói deve ser
herói de si e para si. Mais um “porém”, há, nessa virada, um enorme risco de
abismo, há, nessa virada, o perigo de cair no egoísmo e se esquecer do resto do
mundo. Portanto, não temas em salvar-se, mas lembra-te de ensinar aos outros a
importância de, a cada dia, salvar suas vidas fazendo cada segundo o mais
precioso possível.