domingo, 1 de agosto de 2010

- EU! ‘ : . . ‘””:”’:..:;o Sombra!!! soMbra ! @ 2 sombRA ! ! s o m Bra ! ! ! ! ! -


Você me viu passar e percebeu o que ficou. Nos dias de mesma natureza o ontem é a sombra de hoje, dia, igual e diferente. Hoje e ontem, dias similares e diversos. O que ficou na retina dos que me viram passar é o ontem, hoje, passo e o mesmo passo de hoje é diverso do de ontem.
Mas o que permanece na retina é o passo de ontem, passo que obscurece a retina. Passo rápido, um segundo é sombra do instante do momento imediato, um piscar de olhos é sobra do piscar de agora. O golpe de ontem que procurava a morte hoje procura vida. O precipício que em sombra era aniquilação, neste momento imediato é saber.
Estou passando, passos possuem a mesma natureza de passagem, mas o do momento imediato é distindo de sua sobra, sombra que possue sombra e de minhas sombras nas retinas fazem-se “eus”. Interpretacões.... apego por sombras......
O que penso ser você não mais é você, pode ter sido, mas agora é sombra de você, é somente suas poeiras deixadas pelas suas passadas, assim também é com relação a mim e a todas as pessoas. Dógmas são feitos de sombras, o que passa é a verdade que se desconfigura e é devorada pelo tempo. Curo a mim mesmo as dores arrancadas pelo tempo, devoradas e levadas nas sombras, impressões, gestos. Mas me curo, curo a mim mesmo me refazendo. O tempo devora, mas luto com ele, da morte que me causa faço vida e da vida aceito a morte.
Quando cruzar a misteriosa fronteira, olhos terrenos não mais poderam ver-me a mim mesmo, mas somente as sombras deixadas, porém é necessário lembrar: eu, de minhas sombras, me distinguo, assim como o hoje e o ontem, sendo dias, se distinguem.

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